Escola de Belas Artes, às margens do Rio Sena, foi ocupada por alunos e professores (Manifestações de 1968)
Em 14 de maio daquele ano, a escola de Belas Artes, às margens do Rio Sena, foi ocupada por alunos e professores. Bem rapidamente, artistas, alguns bastante conhecidos, também se integraram ao que ficou conhecido como Ateliê Popular. Durante um pouco mais de um mês, foram produzidos e divulgados 350 cartazes, porém o número total de projetos nunca foi estimado.
Os manifestantes queriam participar diretamente das lutas políticas e sociais e não ser apenas testemunhas, afirma Eric de Chassey, um dos responsáveis pela exposição “Images en Lutte”, que está em cartaz em Paris até 20 de maio.
"Eles antecipavam certas lutas, organizavam certos combates em um momento – é preciso lembrar- vivido por um grupo como verdadeiramente revolucionário. Havia 7 milhões de grevistas, os estudantes invadindo as escolas, os escritórios estavam fechados. Uma parte da sociedade francesa pensava que ela ia mudar radicalmente”, afirma Chassey, que também é diretor-geral do Instituto Nacional de História da Arte (INHA)."
Nos cartazes não se vê assinaturas, apenas a inscrição Atelier Populaire. Os manifestantes tinham uma maneira muito peculiar de trabalhar: propunham os projetos, mas eles só eram produzidos em larga escala após serem aprovados por uma assembleia. Nas decisões sobre slogans e imagens pesavam mais as mensagens políticas do que as preocupações estéticas.
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/a-revolta-de-maio-de-68-na-franca-atraves-dos-cartazes-feitos-na-epoca.ghtml
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