Reencenação de "A Morte de um Caixeiro Viajante"
Em 2010, Gonçalo Amorim torna-se encenador residente e, dois anos depois, assume a direção artística do Teatro Experimental do Porto (TEP).
O projeto artístico liderado por Amorim parte de uma inquietação e de uma militância cívica, política e dramatúrgica muito precisa: inquirir artisticamente a crise do modelo capitalista ocidental e perscrutar a relação triturante dos indivíduos com as forças sistémicas, averiguando quais as hipóteses de felicidade que ainda nos restam. Por outras palavras, testar a vitalidade do teatro para transformar o mundo.
O projeto tem vindo a ser delineado a partir de cinco premissas frequentemente sobrepostas: a) trabalhar com um reportório centrado essencialmente na dramaturgia da segunda metade do século XX; b) endereçar convites a outros criadores/encenadores para que com as suas propostas o corpo dramatúrgico se possa enriquecer; c) adaptar textos não-dramáticos, nomeadamente romances ou novelas; d) estabelecer processos de escrita colaborativa de responsabilidade horizontal, fixados provisoriamente na designação “conversas em cena”; e) trabalhar em torno da escrita de um dramaturgo residente, Rui Pina Coelho.
Um dos primeiros resultados desta colaboração será a reencenação de A Morte de Um Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, como parte do ciclo de homenagem a António Pedro, aquando da sinalização do seu centenário. O espetáculo estreou no dia 23 de setembro de 2010, no Auditório Municipal de Gaia, com encenação de Gonçalo Amorim (com assistência de Inês Pereira), apoio dramatúrgico e tradução de Rui Pina Coelho e Ana Raquel Fernandes, cenografia de Rita Abreu, figurinos de Susana Sá, desenho de luz e sonoplastia de Eduardo Brandão.
Em fevereiro de 2011, A Morte de Um Caixeiro Viajante será novamente levado à cena no Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa.
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