Art on Display - Formas de expor
Em comemoração aos 50 anos de existência do Museu Gulbenkian, a exposição Art On Display - Formas de expor, 1940-1969 apresentou um panorama das soluções expositivas adotadas pelo museu ao longo de sua trajetória. Junto a essa memória, o projeto apresentou propostas de suportes ou ambientes expositivos icônicos de arquitetos como Franco Albini e Franca Helg, Carlo Scarpa, Lina Bo Bardi, Aldo van Eyck, Alison e Peter Smithson.
Foram reconstruídos os suportes e também instalações em escala real. Uma ótima oportunidade de conhecer um pouco mais projetos que fizeram história e influenciaram o desenho de exposições em todo o mundo.
“Alison Smithson tomou a liderança do projeto, concebendo o que o casal apelidava de uma «Via Láctea»: uma sequência labiríntica de austeros espaços brancos sendo um deles reproduzido na exposição Art on Display..Constituído por painéis com cerca de três metros de altura, o espaço foi iluminado por meio de lâmpadas de tungsténio com uma luz brilhante. Uma luta frenética permitiu instalar cerca de 370 obras no espaço disponível, e as decisões tiveram de ser frequentemente práticas e radicais. Contudo, o objetivo era criar uma experiência de associação intelectual e imersão sensorial” - Trecho do texto de apresentação da exposição, disponível no site do museu.
Remontagem da instalação de Alison e Peter Smithson, Fotos: Pedro Pina, Fonte: Site do museu
Segundo texto do site da exposição: “Entre 1965 e 1966, o arquiteto Aldo van Eyck (1918-1999) concebeu e concretizou um pavilhão temporário para uma das edições da exposição de escultura ao ar livre no Parque Sonsbeek, organizada pela cidade de Arnhem nos Países Baixos. Para o pavilhão, Van Eyck desenhou uma estrutura elementar constituída por seis paredes paralelas em blocos de betão que manipulou de modo a criar um interior surpreendentemente rico e labiríntico, ao incluir absides e nichos semicirculares no esquema retilíneo. Van Eyck descreveu o resultado como um espaço urbano com ruas, becos e pequenas praças. As esculturas encontravam-se sobre pedestais construídos com os mesmos blocos de betão, o que criava uma sensação de homogeneidade. A cenografia pretendia criar a experiência de um encontro quase espontâneo ao reunir várias obras de arte em espaços apertados, forçando o visitante a caminhar muito próximo das esculturas”.
Veja o vídeo com Penelope Curtis, curadora da exposição:
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