Expulsão dos Jesuítas
Expulsão dos Jesuítas
Texto por Thamires Siqueira
A expulsão dos jesuítas ocorreu em 1759, após um processo de 4 anos, que se iniciou em 1755, a partir da publicação de um alvará, que começava a limitar seu poder e domínio perante os indígenas. Segundo ENGEMANN (2013, p.249)
Essa expulsão ocorreu de maneira planejada, segundo Monteiro (2008), por motivos políticos, em que Marquês de Pombal buscava reaver o controle das terras que possuíam o domínio da Companhia de Jesus, uma tentativa da Coroa de reafirmar seu poder e neutralizar outras possibilidades de domínio em seu território, anulando, assim, o prestígio jesuítico.
Depois de sua expulsão dos domínios de Portugal, os Bens Jesuíticos foram transferidos para a Coroa portuguesa, tendo como exemplo o prédio que abrigava a Sede da Fazenda de Santa Cruz e antigo convento, que se transformou no Palácio Real de Santa Cruz, sede provisória da Corte e uma das únicas casas de veraneio pertencentes à família Real e Imperial no Brasil. Algumas outras propriedades passaram a pertencer a novos administradores para gerir o patrimônio, até que fossem leiloadas.
Essas mudanças extremas e sem preparo trouxeram muitos problemas, principalmente para a economia e manutenção das propriedades jesuíticas, que, após sua expulsão, se encontraram negligenciadas e entraram em colapso sem a devida administração.
Outro aspecto importante da história local de Santa Cruz foram as lendas criadas após a expulsão jesuítica, que se dizia existir tesouros deixados escondidos no território em suas propriedades, além dos túneis e passagens secretas existentes, buscas essas que não obtiveram resultados.
REFERÊNCIAS
ENGEMANN, Carlos. Santa Cruz: de legado dos jesuítas à pérola da Coroa. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013. p. 249-254.
FREITAS, Benedicto. Santa Cruz: fazenda jesuítica, real, imperial. Rio de Janeiro: Folha Carioca, 1985.
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