Saída de acervos para o MAE
Ao abrir suas portas para o público em 1895, o Museu estava sob a direção do zoólogo Hermann von Ihering, que o organizou para servir como um museu de História Natural, de caráter científico.
A coleção contava com peças etnográficas e arqueológicas, além de objetos de outras naturezas, como itens históricos, zoológicos e botânicos. Durante toda a gestão do zoólogo, o Museu ampliou as coleções de Arqueologia e Zoologia, principalmente por meio de permutas com outras instituições.
Em 1927, a Seção de Botânica foi transferida para o Instituto Biológico da Defesa Agrícola.
Em 1939, as coleções de Zoologia passaram para os cuidados da Secretaria da Agricultura, que as utilizou como acervo base do Museu de Zoologia, inaugurado em 1941 em um edifício próprio. Dessa forma, permaneceram no Museu as coleções arqueológicas, etnográficas e históricas.
Na década de 1940 foi criada a Seção de Etnologia no Museu, comandada por Herbert Baldus, um dos precursores da Etnologia no Brasil.
Baldus ficou encarregado de iniciar as primeiras expedições científicas de trabalho de campo e de coleta sistemática de artefatos etnográficos junto às populações indígenas.
Essas expedições passaram a ocorrer em diversas partes do país, com a coleta de cerâmicas, tecidos, exemplares de arte plumária, além de artefatos arqueológicos em geral.
No final da década de 1960, o Museu passa a realizar pesquisas em sítios arqueológicos e as coleções são reorganizadas e separadas da Seção de Etnologia, compondo um departamento próprio.
Ao longo dos anos, a coleção de Arqueologia e Etnografia do Museu contou com peças de escavações, coletas, expedições científicas, doações e compras eventuais de coleções privadas.
Uma de suas principais coleções era a de cerâmica arqueológica tapajônica. Ela foi adquirida em 1971 e reunia mais de 8 mil peças de cerâmicas, estatuetas e objetos líticos, ou seja, feitos de pedra. A coleção foi formada a partir da junção de duas coleções particulares que foram coletadas em uma área que se estende de Santarém até o rio Xingu.
Em 12 de agosto de 1989, é constituído o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE). Os setores de Arqueologia e Etnologia do Museu Paulista são transferidos para lá. A partir deste momento, o Museu Paulista passou a ter atuação exclusiva no campo da História.
Na condição de um museu universitário, o MAE tinha entre suas missões, ser um dos centros de preservação da memória arqueológica e etnográfica existentes no Brasil. Ele foi estruturado para atender aos pilares da vida acadêmica, isto é, a pesquisa, o ensino e a extensão.
Além do acervo do Museu Paulista, o MAE recebeu itens do Instituto de Pré-História, do antigo Museu de Arqueologia e Etnologia (fundado em 1963) e do Acervo Plínio Ayrosa (APA).
Links externos:
Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo/Wikipedia
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