Projeto expográfico
Em novembro de 2020, a Metrópole Arquitetos entregou o projeto para a implantação das 12 exposições no Museu a partir de 2021.
Ele contemplou o detalhamento geral da expografia do museu, incluindo mobiliário, comunicação visual e equipamentos de multimídia, luminotécnica, instalações elétricas, além de um relatório de acessibilidade.
O projeto foi desenvolvido a partir da proposta da equipe curatorial do Museu Paulista.
As exposições estão divididas em dois eixos: “Para Entender o Museu” e “Para Entender a Sociedade”. Elas aconteceriam em diversos pavimentos simultaneamente, as de longa duração no Edifício-Monumento, enquanto as exposições temporárias na parte nova do edifício, no subsolo.
O eixo “Para Entender a Sociedade” é composto por exposições concentradas nas linhas de pesquisa do Museu e em seu campo de especialização, a Cultura Material. São elas: “Uma História do Brasil”, “Passados Imaginados”, “Territórios em Disputa”, “Mundos do Trabalho”, “Casas e Coisas” e “A Cidade Vista de Cima”.
A intenção é partir das coleções do Museu para discutir temas como a história do Brasil pensada nas primeiras décadas do século 20, as narrativas sobre a formação da nação por meio das pinturas de gênero histórico, as disputas territoriais nos séculos 16 e 17, as construções de gênero e os modos de exibição nos espaços domésticos, e os saberes a partir dos trabalhos manuais e anônimos.
O eixo “Para entender o Museu” é formado por uma exposição que trata da história do edifício e da formação das coleções, além de introduzir o visitante ao tema da Cultura Material, campo de pesquisa da instituição.
O eixo é composto ainda por quatro exposições que abordam o ciclo curatorial em um museu, ou seja, convida o visitante a conhecer como um museu trabalha nas várias etapas da curadoria. As exposições desse eixo são: “Para Entender o Museu”, “Catalogar: Moedas e Medalhas”, “Colecionar: Imagens do Cotidiano”, “Conservar: Brinquedos” e “Comunicar: Louças”.
O novo espaço expositivo será inaugurado com a exposição temporária Memórias da Independência.
Cada uma das exposições é sinalizada com cores diferentes e os suportes expositivos desenhados são integrados ao ambiente do Museu, de forma a não criar ruídos com sua arquitetura e obras de arte.
Entre os sistemas estão elementos como mesa síntese, painéis, perimetrais, vitrines autoportantes, mesas, pinturas, guarda-corpos e bancos. As mesas expositivas foram pensadas para atender visitantes com diferentes alturas e de acordo com as normas de acessibilidade.
Um exemplo da disposição dos elementos expositivos adequados ao novo Museu acontece na exposição “Uma História do Brasil", no saguão de entrada. A inclusão de seis mesas com conteúdos de mediação, localizadas entre as colunas, e a presença de guarda-corpos com legendas em frente às pinturas, mantêm a percepção do espaço arquitetônico, bem como a circulação do público.
Outro caso interessante é o da sala da exposição “Mundos do Trabalho”, onde foi identificada maior intensidade de trepidação do piso, por isso a escolha em concentrar as vitrines junto aos painéis perimetrais protegendo o acervo de movimentações indevidas.
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