Antecedentes do fechamento do Museu
A partir de 2005, o Museu iniciou uma série de diagnósticos de seus espaços, com o objetivo de reformá-lo e ampliá-lo. Entre junho e julho, foram formadas as Comissões do Espaço Físico e do Anexo do Museu Paulista, cujo objetivo era apresentar um estudo de viabilidade para ampliação do museu.
No segundo semestre desse mesmo ano, foi elaborado o “Estudo de Viabilidade do Projeto de Ampliação do Museu Paulista” pelo Escritório Paulistano de Arquitetura, em conjunto com a Comissão de Espaço Físico do Museu.
Uma primeira versão do estudo foi apresentada aos órgãos de preservação do patrimônio em fevereiro de 2006.
Em julho, a Direção do Museu, junto à Comissão do Espaço Físico, o arquiteto responsável, e representantes do IPHAN, CONDEPHAAT e CONPRESP enviaram um pedido de aprovação do projeto ao Governador do Estado de São Paulo à época, Cláudio Lembo.
Nele foram solicitadas áreas para ampliação no Parque da Independência, parte das áreas ajardinadas entre o Museu e o Bosque e o terreno ocupado por um posto do Corpo de Bombeiros.
Em novembro de 2006, foi dada entrada formal do Estudo de Viabilidade enquanto primeira etapa de aprovação de projeto nos órgãos de preservação.
Em seguida, foi feita uma consulta prévia ao Conselho do Patrimônio Imobiliário do Estado de São Paulo a respeito dos documentos necessários para o preparo do processo. O objetivo era obter autorização do Governador para o uso de uma área de 7.400m², localizada na fachada sul do edifício do Museu, correspondente à área subterrânea prevista no Projeto de Ampliação.
No dia 14 de fevereiro de 2007, o Governo autorizou o uso da área localizada junto à fachada sul do atual Edifício do Museu para o desenvolvimento de um trabalho preparatório de elaboração do projeto arquitetônico. Em novembro, houve a segunda e última alteração no projeto, feita por solicitação dos órgãos de preservação.
Em agosto de 2008, foi aprovado o Estudo de Viabilidade do Projeto de Ampliação do Museu Paulista pelos órgãos de preservação.
No mês seguinte, foi feita uma reunião preliminar na Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente para orientação sobre como proceder para obtenção do licenciamento ambiental.
Em 2009, o Museu respondeu às solicitações de esclarecimentos formuladas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e pelo Ministério Público Federal sobre o Projeto de Ampliação e de Acessibilidade.
Em fevereiro, foi feito o pedido de licenciamento ambiental junto à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, referente à área subterrânea prevista. No dia 25 de maio, foi apresentado o Projeto de Ampliação para o Conselho Gestor do Parque da Independência e Subprefeito do Ipiranga.
Em agosto do mesmo ano, o Museu se reuniu com o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros para discutir a cessão do terreno necessário, com a condição de que lhes fosse dada uma nova área nas imediações.
A Secretaria Estadual de Cultura forneceu ao Museu Paulista certidões de dados cadastrais dos cinco imóveis localizados na avenida Nazaré indicados para desapropriação e destinados aos Bombeiros. Posteriormente, foi feita uma segunda reunião com o Comandante Geral que concordou com a proposta.
O Projeto de Ampliação foi apresentado aos frequentadores do Parque a pedido do Secretário do Verde no dia 24 de agosto de 2009. Porém, em 8 de abril de 2010, o Museu solicitou o arquivamento do processo na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente por tempo indeterminado. A justificativa era de que não tinha mais como avançar nos aspectos de compensação arbórea e transplantes sem o Projeto Executivo.
Em setembro de 2010, o Museu, por meio da Fundação de Amparo à Universidade de São Paulo - FUSP, solicitou inscrição junto à Secretaria Municipal de Cultura para aquisição dos incentivos fiscais previstos na Lei n. 10.923/90 (Lei Mendonça), para elaboração do Projeto Executivo das Prumadas de Circulação (elevadores externos) previstas no Projeto de Ampliação.
O projeto incluía o orçamento detalhado e uma relação de doze empresas e currículos dos respectivos responsáveis para elaboração dos trabalhos especializados necessários.
Em novembro do mesmo ano, a FUSP recebeu autorização da Secretaria Municipal de Cultura para captação de recursos para elaboração do Projeto Executivo.
Em 24 de setembro de 2012, a Superintendência do Espaço Físico – USP (SEF/USP) apresentou o Projeto de Reforma do Museu para atendimento à acessibilidade e instalação da reserva técnica no Anfiteatro do Museu.
Dois meses depois, foi realizada uma reunião entre o Museu, a SEF/USP, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida / Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) e com representantes dos órgãos de preservação do patrimônio para discutir propostas de acessibilidade.
Os representantes dos órgãos de preservação do patrimônio reforçaram a necessidade de a USP tratar as questões de acessibilidade de forma integrada com o plano global de restauro e ampliação.
Por fim, em 19 de dezembro de 2012, foi realizada uma reunião da Comissão Permanente de Acessibilidade com participação do Museu e da SEF para verificar os avanços no projeto de acessibilidade do Museu. Foram também dadas recomendações para as rampas, saguão e elevador.
A proposta inicial, formulada no início dos anos 2000, previa uma abordagem em duas direções: construção das reservas técnicas e restauração; e modernização do Edifício-Monumento. A falta de um terreno adequado e de verbas suficientes obrigaram a redimensionar o projeto e estipular etapas para a sua viabilização, sem perder de vista o objetivo final. Em uma primeira etapa, restaurar, modernizar e tornar acessível o Edifício-Monumento; e, em uma segunda etapa, construir um novo edifício para abrigar as reservas técnicas, laboratórios e salas de trabalho e pesquisa.
0 comments
Sign in or create a free account