A expedição de Alexander Von Humboldt na América

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Resumo

Na virada do século XVIII para o XIX, importantes cientistas, como o naturalista Alexander Von Humboldt, redescobrem a América, formulando novas classificações de suas paisagens naturais. 

Detalhamento da linha do tempo do estudante

Na passagem do século XVIII para o XIX o mundo vive um momento de mudanças. A Revolução Francesa, em 1789, prenuncia um período de intensas transformações sociais, políticas e culturais. Para o pensamento científico, a influência do movimento Iluminista traz novas possibilidades, catalisando o desenvolvimento de diversos campos científicos. Alexander Von Humboldt (1769-1859), reconhecido como um dos "pais" de diversos campos científicos, como a botânica, a geologia e a geografia, foi um dos principais nomes daquele momento. Participante do grupo de filósofos e poetas alemães identificados com a corrente do Romantismo, como Goethe, Schiller e Schelling, Humboldt valorizava a contemplação da Natureza e a observação direta das paisagens como forma de produção do conhecimento.

Entre 1799 e 1804, Humboldt, juntamente com o botânico francês Aimé Bonpland, parte para uma viagem para as Américas que mudaria a forma como os europeus viam a natureza tropical. Seus estudos sobre a floresta Amazônica, o rio Amazonas, os Andes e o Caribe, que incluem um estudo detalhado sobre Cuba, deram origem à obra "Viagem às regiões equinociais do Novo Mundo", reconhecida como um dos primeiros estudos a valorizar de maneira positiva a vegetação e paisagens naturais do Novo Mundo.

Ao definir o estudo da Natureza a partir das conexões e dependências mútuas entre seus elementos, Humboldt inaugura a preocupação geográfica em explicitar as combinações ou integrações inter-relacionadas dos fenômenos. Dessa forma, passa-se a valorizar, na explicação das combinações locais de elementos físicos, biológicos e humanos, as influências existentes entre clima, relevo e tipo de solo, por exemplo, na explicação da distribuição das espécies animais e vegetais ao longo da superfície terrestre. A partir daí, foi possível identificar as singularidades da Mata Atlântica em meio à diversidade de fisionomias florísticas das paisagens vegetais da América do Sul. 

Figura 45 - Humboldt e Aimé Bonpland aos pés do vulcão Chimborazo, no Equador

Fonte: https://sge.org/exploraciones-y-expediciones/galeria-de-exploradores/v-las-expediciones-cientificas/attachment/f_alexander-von-humboldt-y-aime-bonpland-al-pie-del-volcan-del-chimborazo-cuadro-de-friedrich-georg-weitsch-1810-copia-3/ . Humboldt (em pé, à esq.) e o botânico francês Aimé Bonpland (sentado) aos pés do vulcão Chimborazo, no Equador, em quadro do pintor alemão Friedrich Weitsch (c. 1810) .  

Figura 46 - Géographie des plantes équinoxiales

Fonte: https://explore.psl.eu/fr/decouvrir/expositions-virtuelles/les-freres-humboldt-leurope -de-lesprit/savoirs-partages Géographie des plantes équinoxiales: Tableau physique des Andes et pays voisins (Geografia das plantas equinociais: quadro físico dos Andes e terras vizinhas).  

Referências

RODRIGUES, A. M. D. A viagem de Humboldt à América do Sul e uma nova ideia de paisagem: o seu impacto em Eschwege. REVISTA DIGITAL DE HISTORIA Y ARQUEOLOGÍA Desde el Caribe Colombiano. AñO 11, N° 25. BARRANQUILLA, Enero – Abril, 2015. ISSN 17948886.

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Published in 10/07/2023

Updated in 26/07/2023

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