Pangéia e formação dos Biomas
Resumo
Separação dos continentes - Pangeia e sua importância para a formação dos principais biomas terrestres.
Sugestão de Fixação de conteúdo:
Formação da Terra; Espaço geográfico; Noções de Cartografia - mapas geológicos e geomorfológicos da Terra.
Fonte: Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional. Acesso em: 12 mar. 2023., 2009.
Detalhamento da linha do tempo do estudante
Há cerca de 220 milhões de anos atrás, durante o Triássico, existia um único bloco continental, a Pangea, que se fragmentou e se dividiu em dois continentes menores, denominados Laurásia, no Hemisfério Norte, e Gondwana, no Hemisfério Sul. É a partir da movimentação e novas subdivisões desses dois continentes que as terras emersas vão lentamente ganhando sua atual configuração. A teoria de que os atuais continentes formavam um único bloco unido, que se partiu e se separou, foi proposta pela primeira vez em 1912, em uma conferência, e publicada em 1915, quando Alfred Wegener (cientista alemão) lança o livro “A Origem dos Continentes e Oceanos”. Nessa obra, Wegener apresenta a tese de que os continentes se movimentam, apontando para diversas evidências que tentavam explicar como o supercontinente denominado “Pangea” se dividiu em pedaços menores, que foram se movendo até assumirem a disposição que hoje conhecemos."
A comprovação da existência de movimentos horizontais da crosta se deu a partir da análise de:
1- Evidências relacionadas ao recorte da crosta terrestre com feições geomorfológicas parecidas nos diferentes continentes, principalmente entre África e América do Sul;
Presença de fósseis de plantas gimnospermas em variadas regiões em diferentes continentes;
Nesse mapa, encontramos a distribuição dos fósseis de grupos animais e vegetais que serviram de evidência. Entre eles, as plantas Glossopteris:
Figura 6 - Fósseis
Figura 7 - Glossopteris sp,. samambaias de sementes, Permiano - Triássico
2 - Presença de fósseis de répteis idênticos de cerca de 300 milhões de anos encontrados na África e na América do Sul;
Figura 8 - Mesosaurus tenuidens
3 - Evidências de glaciação há aproximadamente 330 milhões de anos que incluem a presença de estrias indicativas das direções dos movimentos das antigas geleiras.
Vale ressaltar que a ideia de um supercontinente não foi de Wegener. Até mesmo Francis Bacon, no século XVII, já havia percebido o encaixe entre as costas da América do Sul com a da África.
Porém, mesmo depois dos levantamentos feitos por Wegener, e as evidências apontadas, sua teoria não pôde ser comprovada de maneira satisfatória no mundo científico, já que não explicava como era possível grandes massas de terra se moverem pelo globo terrestre. Dessa forma, Wegener morreu antes mesmo de sua teoria poder ser comprovada, que só foi possível depois de avanços científicos e tecnológicos obtidos ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com a melhoria da tecnologia do sonar, foi possível mapear o assoalho marinho e provar que há uma fissura no meio do Oceano Atlântico, onde há a expansão desse assoalho devido a saída de magma do interior da Terra. Assim, a teoria da tectônica de placas só foi escrita e comprovada cientificamente em 1968, tendo Tuzo Wilson (geólogo e geofísico canadense) como um dos principais cientistas que ajudaram à formular tal teoria mais recentemente. Com essas evidências cada vez mais comprovadas cientificamente, mostrou-se claramente a relação entre as placas tectônicas com a existência de abalos sísmicos e vulcões. Tais fenômenos ocorrem mais intensamente nas bordas das placas tectônicas, locais onde existem choque, afastamento ou deslocamento lateral de placas tectônicas. Assim, lugares localizados próximos ou em cima dessas regiões de bordas sofrem frequentemente com suas consequências, como abalos sísmicos e erupções vulcânicas. E tais consequências são evidências desse movimento constante das placas tectônicas, ou seja, a Terra não para de se modificar.
Figura 9 - Placas tectônicas
Figura 10 - Teoria da deriva continental
Figura 11 - Evidências geológicas
Figura 12 - Formação dos continentes - Teoria da Deriva dos Continentes
Sugestão de mapa do Pangea: Distribuição geográfica e correlação dos fósseis que Wegener utilizou como argumentos para a Teoria da Deriva Continental. Fonte: United States Geological Survey (USGS) / via Wikimedia Commons.
Curiosidade
Pesquisadores de universidades da China e da Austrália publicaram recentemente, em 2022, artigo científico no qual afirmam que daqui a cerca de 280 milhões de anos a Terra terá de novo um supercontinente que já foi chamado de Amásia.
Para saber mais acesse: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/proximo-supercontinente-pode-se-formar-quando-oceano-pacifico-desaparecer/#:~:text=A%20equipe%20de%20estudo%20descobriu,de%20terra%20colossal%20no%20passado
Há uma animação feita pelo geólogo estadunidense Christopher Scotese que tenta mostrar como poderia vir a ser esse futuro novo supercontinente. Acesse:
Referências
Mapa de separação dos continentes - Brown & Lomolino / Figueró / Francisco Mendonça
Teoria da Tectônica de Placas: https://www2.unifap.br/alexandresantiago/files/2013/11/Tectonica-de-Placas.pdf
Alfred Wegener:
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/66267/3/3_wegener
Fonte: http://igeologico.com.br/teoria-da-deriva-continental/
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