O clima e a Fisionomia da Mata Atlântica
Resumo
O clima pode ser um fator determinante para a formação da Mata Atlântica. Com a separação dos continentes e a formação de diferentes zonas climáticas, variadas províncias fitogeográficas são formadas em todo o globo.
Geografia 2º ano
Detalhamento da linha do tempo do estudante
No Brasil, a vegetação tropical - Mata Atlântica é um dos biomas localizados na zona intertropical, principalmente em áreas costeiras. A Mata Atlântica, por sua vez, caracteriza-se por ser uma das florestas latifoliadas, com grande concentração de umidade e de grande exuberância estrutural e de rica composição
Assim, mesmo havendo semelhanças entre a Mata Atlântica e outras florestas tropicais no mundo, essas semelhanças são macro, pois ao olharmos para a história da Mata Atlântica, sua composição de espécies é única, resultado de uma história própria, com desenvolvimento de população geneticamente convergentes no passado, porém que traçaram caminhos paralelos distintos em relação às outras florestas tropicais.
Assim sendo, a Mata Atlântica é um bioma localizado em região de clima tropical. Dito isso, deve-se ter claro, como já exposto anteriormente, que clima e vegetação se relacionam, ou seja, as formações vegetais existentes são adaptadas para cada tipo de vegetação. Lógico que não é só o clima que influenciará, mas é um fator muito preponderante nessa adaptação.
Mesmo estando em uma região de clima tropical, deve-se ter claro que há sub variações climáticas que trazem diversidade. No geral, esse bioma brasileiro localiza em locais de terras baixas ou pouco elevadas e que possuem alta pluviosidade, bem distribuída pelo ano. Assim,as características desse clima englobam médias elevadas de temperatura e pluviosidade.
A Massa de ar Polar Atlântica é a responsável pela distribuição da umidade na costa brasileira, ou seja, é o principal fator para a riqueza e beleza dessa floresta. A umidade que chega do oceano é barrada pelo relevo acidentado da costa, trazendo uma grande quantidade de chuva (chuva orográfica).
Tais características colaboraram no desenvolvimento de uma vegetação hidrófila (plantas aquáticas e latifoliada (folhas largas e grandes. Sua vegetação é sempre verde (perenifólia) e possui copas de árvores mais largas em áreas de floresta mais fechada (densa), o que dificulta a passagem de raios solares nas áreas mais baixas da florestas e assim, dificulta o desenvolvimento de novas espécies. Há também áreas de florestas ombrófilas de diversas estratificações, que estão relacionadas à altitude na qual se encontram. Porém, no geral, a Mata Atlântica possui árvores de porte médio e alto e seus troncos são recobertos por uma grande variedade de epífitas (planta que vive sobre a outra - inquilinismo).Nas áreas de foz de rio é possível encontrar os manguezais que possuem uma vegetação com raízes aéreas e adaptadas à água salobra (encontro de água doce com água salgada do mar), devido às diferenças de marés. Além disso, os mangues possuem uma rica diversidade de espécies vegetais e animais, sendo área de reprodução de diversas espécies de animais marinhos.
As restingas são formações vegetais xerófilas adaptadas a áreas mais secas e com presença de salinidade, assim são encontradas, frequentemente, em áreas próximas do mar.
Figura 14 - Exemplo de vegetação aquática
Figura 15 - Embaúba-prateada, exemplo de árvore latifoliada da Mata Atlântica.
Figura 16 - Árvore com galhos e tronco recoberto por plantas epífitas, como bromélias
Figura 17 - Manguezal
Referências
MENDONÇA, Francisco. Geografia e Meio Ambiente: Os Domínios de Natureza do Brasil - Ab'Saber, A.N., 2003.
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