Desenvolvimento regional e saneamento
Desenvolvimento regional e saneamento
Texto por Keila Gomes
A história do saneamento básico no Rio de Janeiro começa de forma efetiva com a chegada da família real ao Brasil. Houve, então, uma necessidade premente por civilidade, levando a sociedade à reflexão sobre higiene e descarte de dejetos. Escravizados chamados de "tigres" (por terem sua pele queimada pelos dejetos que caíam das vasilhas cheias de urina e fezes) eram forçados a lidar com resíduos, e "reiunas" eram as mulheres escravizadas de Santa Cruz designadas para limpar valas.
No século XX, a busca por padrões europeus não conteve epidemias como febre amarela e malária, transmitidas por mosquitos ligados à falta de saneamento e drenagem dos rios. A ausência de organização institucional agravou a situação. Epidemias se estenderam às áreas rurais, levando à construção do Hospital Pedro II na década de 1920. A drenagem do rio Guandu e do Canal de Itá impactou positivamente a resolução do problema.
Na virada do século XXI, a Zona Oeste começou a fazer o tratamento de seu esgoto, evidenciando a urgência da abordagem das questões de saneamento. A compreensão da relação entre saneamento, saúde e qualidade de vida reforça a necessidade de investimento em infraestrutura para evitar doenças decorrentes da falta de saneamento. Não se pode deixar de lembrar que a escassez de água potável, as ruas sem asfalto e os alagamentos constantes constituem a falta de saneamento básico em uma região. E, em 2023, ainda existem todos esses problemas em Santa Cruz.
REFERÊNCIA
WEYRAUCH, Cleia Schiavo. De Sertão à Zona Industrial. Revista Ágora, Vitória, n. 17, p. 13-31, 2013.
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