Antônio Ciraudo
Antônio José Ciraudo
Texto por Keila Gomes
O Dr. Antônio Ciraudo nasceu em 1915, formou-se em medicina na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil em 1941, e suas realizações subsequentes consolidaram seu papel como uma figura proeminente na área médica regional.
Seu pai era um importante comerciante de tecidos em Santa Cruz, onde viviam.
Depois de concluir sua formação, o Dr. Ciraudo prestou concurso como médico na então capital federal, o Rio de Janeiro. Em 1946, ele ingressou no Hospital Pedro II, onde rapidamente se destacou, assumindo a posição de chefe de equipe médica. Esse papel evidenciou suas habilidades médicas e sua capacidade de liderança.
Um marco significativo na carreira do Dr. Ciraudo ocorreu em 1951, quando ele foi designado diretor geral do Hospital Pedro II, localizado em Santa Cruz. Sua gestão competente contribuiu para a consolidação da instituição como um importante centro de cuidados médicos na região. Além disso, em 1966, sua liderança foi crucial na inauguração do Hospital Nossa Senhora do Carmo, um dos primeiros hospitais particulares da Zona Oeste, que continuou a desempenhar um papel vital no atendimento à comunidade até os dias atuais.
A habilidade do Dr. Ciraudo como cirurgião também foi destacadamente reconhecida. Sua dedicação ao Hospital Pedro II o levou a desempenhar um papel fundamental na área cirúrgica do hospital, contribuindo significativamente para os cuidados de saúde da região. Em reconhecimento a suas realizações, a Academia Nacional de Medicina conferiu-lhe o Bisturi de Ouro, uma honraria que atesta sua notável contribuição à medicina.
Em 1968, o Dr. Ciraudo enfrentou um desafio pessoal com uma cirurgia delicada, demonstrando sua resiliência e dedicação à sua profissão. Tragicamente, em 1973, faleceu, deixando um vácuo na comunidade médica e na Zona Oeste em geral. Sua partida provocou um sentimento de luto e perda entre aqueles que haviam sido beneficiados por suas contribuições.
Em 1974 é inaugurada uma escola em Paciência, na Vila Alzira, com seu nome. Sua esposa, Margarida Ciraudo, esteve presente à cerimônia de inauguração.
Para perpetuar sua memória, em 1979, um busto de bronze foi erigido na Praça Felipe Cardoso, homenageando sua influência e dedicação à região. No entanto, devido à construção da estação do sistema BRT, o busto foi posteriormente removido do Centro de Santa Cruz e colocado em um depósito, uma situação que levanta questões sobre a preservação do patrimônio histórico em meio ao progresso.
Em suma, o Dr. Antônio Ciraudo emergiu como uma figura de destaque na área médica da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Sua educação sólida, liderança competente e contribuições para o campo da medicina e para a comunidade marcaram sua trajetória. Sua história continua a servir como um lembrete da influência positiva que um profissional dedicado pode exercer em sua área de atuação e na vida das pessoas que atende.
REFERÊNCIAS
CORREIO DA MANHÃ. Rio de Janeiro, eds. 1936 a 1939. BN Digital Brasil, [20–?]. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_04&Pesq=%22%20jos%c3%a9%20antonio%20%20Ciraudo%22&pagfis=19469. Acesso em: 2 jul. 2023.
CULTURA DE PACIÊNCIA. Página do Facebook. Disponível em: https://www.facebook.com/culturapaciente/posts/1401163140039526/?locale=pt_BR. Acesso em: 2 jul. 2023.
JORNAL DO BRASIL. Rio de Janeiro, eds. 1930 a 1939. BN Digital Brasil, [20–?]. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=030015_05&pesq=%22%20jos%C3%A9%20antonio%20%20Ciraudo%22&pasta=ano%20193&hf=memoria.bn.br&pagfis=89936. Acesso em: 2 jul. 2023.
LUTA DEMOCRÁTICA. Rio de Janeiro, 7 nov. 1969. BN Digital Brasil, [20–?]. Disponível em: http://memoria.bn.br/pdf/030678/per030678_1969_04875.pdf. Acesso em: 2 jul. 2023.
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