A transformação urbana de Santa Cruz
A transformação urbana de Santa Cruz através dos condomínios de prédios
Texto por Guaraci Rosa
A história da moradia em Santa Cruz, outrora dominada por casas e sobrados, tomou um novo rumo com a chegada de três condomínios de prédios. Tal fato ocorreu no início da década de 1980, marcando um ponto de virada significativo na paisagem urbana do bairro.
Na rua Felipe Cardoso, no número 2.777, emergiu o Condomínio Parque Residencial Santa Cruz, também conhecido carinhosamente como os "prédios amarelos". Uma característica que instantaneamente capturou a atenção dos residentes foram as duas piscinas ali existentes. Essa novidade, até então inédita na região, tornou-se um chamariz tanto para os olhos curiosos quanto para os anunciantes imobiliários que habilmente exploraram essa característica única em suas campanhas de marketing.
Na mesma Felipe Cardoso, mais precisamente no número 2.262, ergueu-se o Condomínio Morada Santa Cruz, carinhosamente apelidado de "prédios brancos". Dividido em quatro blocos, cada um com oito andares, totalizando assim 64 apartamentos em cada bloco e 256 unidades no total. Essa nova construção da paisagem urbana de Santa Cruz marcou um novo capítulo na habitação vertical na área.
Na histórica rua Dom Pedro I, também na mesma década, surgiu o Condomínio Residencial Santa Cruz. Durante os anos 1980 e 1990, estes edifícios eram popularmente conhecidos como os "prédios do CB", graças à sua proximidade ao Hipermercado Casa da Banha. Hoje, a memória desse nome foi substituída pelo do supermercado Prezunic, que ocupa o local onde o CB um dia esteve.
A inauguração desses três condomínios, juntamente com a construção de conjuntos habitacionais na mesma época, desempenhou um papel crucial no crescimento populacional do bairro. A migração de residentes de outros bairros trouxe uma rica diversidade de histórias de vida, culturas e perspectivas, enriquecendo ainda mais o cenário social de Santa Cruz.
Esses condomínios de prédios não são apenas testemunhas da evolução urbana; eles são os pilares da transformação que ajudaram a moldar a identidade contemporânea de Santa Cruz. A mistura harmoniosa entre os estilos de vida tradicionais e as novas possibilidades de habitação vertical continua a ser um lembrete das mudanças dinâmicas que uma comunidade pode experimentar ao longo do tempo.
REFERÊNCIA
Acervo NOPH. Revista do IV centenário, 1967. Acesso em: 12 ago. 2023.
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